Caixa dificulta financiamento de imóveis usados exigindo 50% de entrada

Caixa dificulta financiamento de imóveis usados exigindo 50% de entrada

A Caixa mudou as regras para financiamento de imóveis usados, agora a entrada exigida para financiamento é de, pelo menos, 50% do valor da casa ou apartamento.

Quem planeja a compra de uma casa ou apartamento usado com financiamento pela Caixa Econômica Federal encontrará mais dificuldade a partir do dia 04 de Maio, pois o banco resolveu reduzir de 80 para 50% o valor máximo que uma pessoa pode financiar, tal regra é válida apenas para os imóveis usados – não entram nessa conta os imóveis adquiridos por meio de programas habitacionais, tal como o Minha Casa Minha Vida ou aqueles que utilizam recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

A mudança chega em um momento em que a Caderneta de Poupança registra um recorde histórico de saídas (volume maior de retiradas do que de depósitos). A Caixa Econômica Federal utiliza os recursos da poupança como principal fonte para o financiamento de imóveis.

Isso vai dificultar e muita a compra de um imóvel usado de forma financiada, pois antes era necessário apenas 20% de entrada para se conseguir um financiamento, agora o banco passa a exigir, no mínimo, 50% de entrada. Por exemplo, para comprar um imóvel de R$ 300 mil o interessado em realizar o financiamento de um imóvel usado por meio da CEF deverá dar de entrada/sinal, pelo menos, R$ 150 mil, algo praticamente impossível para a maioria dos brasileiros.

A Caixa Econômica Federal com isso passa a priorizar os financiamentos imobiliários de imóveis novos, participantes do Minha Casa Minha Vida (MCMV) ou aqueles que façam uso do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Com a mudança aqueles que não tiverem um recurso tão alto para dar de entrada terão que financiar um imóvel novo (pois a entrada é menor), além disso os imóveis novos possuem uma menor taxa de juros, só neste ano a CEF já subiu por duas vezes a taxa de financiamentos de imóveis usados. Isso é muito preocupante pois o banco é responsável hoje por mais de 75% dos financiamentos imobiliários do país.