Financiar no Minha Casa Minha Vida com nome sujo

Financiar no Minha Casa Minha Vida com nome sujo

Um leitor pergunta: Por que algumas famílias conseguem financiar uma casa ou apartamento mesmo estando com o nome sujo enquanto outras não conseguem? 

Sua dúvida é muito comum, diariamente recebemos mensagem de pessoas questionando que não conseguiram financiar um imóvel por conta de restrições no nome. 

É importante frisar que apenas a Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida é que não consulta os órgãos de proteção ao crédito – SCPC, SPC, Serasa – isso se deve ao fato desse grupo ter condições de pagamento diferenciadas, para famílias de baixa renda a maior parte do valor do imóvel – até 96% - é paga por meio do subsídio habitacional, dessa forma o banco financiador não faz análise de risco, pois a maior parte será paga pelo Governo.

O “nome sujo” é um termo popular para indicar alguém que possui restrições nos órgãos de proteção ao crédito, ou seja, não conseguem mais comprar nada a prazo. Todavia pelo MCMV as famílias de baixa renda podem conseguir crédito aprovado mesmo apresentando restrições financeiras.

As famílias cujo rendimento mensal bruto familiar seja de até R$ 1,6 mil são enquadradas na faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida. Nesta categoria o valor da prestação é calculado de acordo com a renda mensal, devendo corresponder a 5% do rendimento bruto. Por exemplo:

Uma família com renda de R$ 1 mil deve pagar uma prestação de apenas R$50,00 por mês, pois esse valor equivale a cinco por cento da renda, todo o valor restante é subsidiado (pago) pelo Governo Federal através dos recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial).

Então é por isso que as famílias de baixa renda conseguem financiar mesmo tendo dívidas no nome, isso porque o banco financiador – Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil – não faz análise de risco ou consulta aos órgãos de proteção ao crédito na faixa considerada de interesse social (famílias com renda de até R$ 1,6 mil).

Mas engana-se quem pensa que é fácil conseguir uma moradia da Faixa I (um), o beneficiário precisa se inscrever na prefeitura e aguardar ser sorteado, isso porque todo processo é feito de forma democrática. Há famílias que estão anos cadastradas mas não são sorteadas, isso porque a demanda é muito grande, para se ter uma ideia a faixa I concentra a maior parte do déficit habitacional do país.